A manhã é a juventude do dia; tudo é luminoso, fresco e fácil; sentimo-nos vigorosos e dispomos de todas as nossas faculdades. Não devemos abreviá-la levantando tarde, nem gastá-la em ocupações ou em conversas vulgares; pelo contrário, devemos considerá-la como a quintessência da vida e, por assim dizer, como algo sagrado. Em contrapartida, a tarde é a velhice do dia; estamos abatidos, falantes e atordoados. Cada dia é uma vida em miniatura, onde todo despertar é um pequeno nascimento, cada manhã fresca é uma pequena juventude e cada adormecer na noite é uma pequena morte. Para completar a analogia, poderíamos considerar o desconforto e a dificuldade de despertar como as dores do parto.
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