Quando vemos algo que não possuímos, dizemos espontaneamente: ah, se isso fosse meu! , e esse pensamento torna a nossa privação penosa. Em vez disso, deveríamos dizer mais vezes: ah, se isso não fosse meu! Com isso quero dizer que deveríamos às vezes imaginar como os bens que possuímos pareceriam depois de havê-los perdido. E isso com os bens de todas as classes, sejam quais forem; riquezas, saúde, amigos, entes queridos, esposa, filhos, cavalos e cães. Porque, na maioria vezes, só a perda dessas coisas nos ensina seu valor. Por outro lado, o método que recomendamos aqui terá como primeiro resultado fazer com que sua posse nos torne imediatamente mais felizes que antes e, em segundo lugar, fará com que nos protejamos por todos os meios contra sua perda. Desse modo, não arriscaremos nossos bens, não irritaremos nossos amigos, não colocaremos à tentação a fidelidade de nossa esposa, cuidaremos da saúde de nossos filhos, e assim sucessivamente.
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