A alegria e a vivacidade de nossa juventude devem-se parcialmente ao fato de que estamos subindo a colina da vida e não vemos a morte situada ao pé da outra vertente. Porém, quando chegamos ao cume, vemos com nossos olhos a morte, que até então só conhecíamos por ouvir falar; e como, nesse momento, as forças vitais começam a diminuir, nosso ânimo se abate ao mesmo tempo. Uma seriedade sombria sucede a alegre exuberância juvenil e se imprime em nosso semblante. Enquanto somos jovens, digam o que disserem, acreditamos que a vida não tem fim, e usamos o tempo com prodigalidade. À medida que envelhecemos, nos tornamos mais econômicos; porque, em idade avançada, cada dia da vida que transcorre provoca em nós o sentimento que experimenta o condenado a cada passo que lhe aproxima do cadafalso.
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