Henri Durville

Pode ser que o Yogi adquira certos poderes, mas ele os adquire para si só e não se preocupa com a humanidade, para a qual ele tem, entretanto, os mesmos deveres que os outros homens. Deve ainda dominar o seu espírito, concentrá-lo sobre o pensamento de Deus, no silêncio completo dos seus sentidos e sentimentos. É a esse preço, somente, que venceu todas as experiências, chegando a ser um verdadeiro Yogi, objeto da veneração dos povos. Então, adquiriu as faculdades e os poderes que, se não duvidamos da lenda, fazem tremer os deuses no céu e que, se nos apegarmos a uma fórmula mais racionalista, não deixam de ultrapassar consideravelmente o que é atribuído ao homem. É ele que faz germinar e crescer grãos sob os olhos admirados dos espectadores; que, pondo-se voluntariamente em letargia, pode fazer-se enterrar vivo durante muitos meses e voltar à vida em algumas horas, com um certo ritual. Não podendo estendermo-nos aqui mais longamente sobre estes exercícios, aconselhamos aos leitores interessados os livros que tratam especialmente desta ascese e, principalmente, os de Içvaracharya Brahmachari e Ernest Bosc.

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