“Que o seu coração não se torne vaidoso por causa daquilo que sabes. Aconselha-te tanto junto do ignorante quanto do sábio. Porque não se atinges os limites da arte. E não existe artesão que tenha adquirido a perfeição. Uma palavra perfeita está mais oculta que a pedra verde. Encontra-se no entanto junto das criadas que trabalham na mo.”
Henri Durville - Orfeu
Seu desejo era
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tornar a beleza e a evolução acessíveis a todos; porque, como todos os sábios, ele quis apressar a evolução dos outros para o fim mais elevado.
Sentir a beleza foi o fim que pôs em obra para civilizar os povos mais sensíveis, incapazes ainda de compreender. A música, a seus olhos, tinha este grande poder de pôr-se em relação com as mais altas harmonias, com as esferas divinas onde a ordem é tão pura que vêm a ser ritmo e música.
Ele sabia que o nosso dever é libertar a alma da prisão de seu corpo, e seu meio imediato era o entusiasmo para a beleza. Mas este meio é transitório e seus efeitos são efêmeros.
A libertação vem lentamente, e não sem custo, porque a morte não faz senão levar a novas existências. É para expiar uma falta que a alma está ligada à matéria; é porque ela não soube eliminar o que tem de material que recomeça as suas dolorosas migrações nos corpos que lhe são impostos.
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