“Que o seu coração não se torne vaidoso por causa daquilo que sabes. Aconselha-te tanto junto do ignorante quanto do sábio. Porque não se atinges os limites da arte. E não existe artesão que tenha adquirido a perfeição. Uma palavra perfeita está mais oculta que a pedra verde. Encontra-se no entanto junto das criadas que trabalham na mo.”
Henri Durville
Aos olhos dos adeptos, a iniciação era a passagem desta vida a uma vida quase divina.
Vê-se que o iniciado, no Egito, devia, em última análise, sofrer a experiência do sepulcro, deixar-se enterrar, morrer, em uma palavra, merecendo assim o nome dado aos adeptos hindus, o de dwija: duas vezes nascido.
E' o mesmo na Grécia, e todos os heróis, todos os grandes iniciados desceram aos Infernos. Vê-se por Ulisses, Hércules, Orfeu e Teseu que, por diversos motivos, desceram ao reino da Sombra e se tornaram vencedores.
Na sua Histoire de Calendrier, Court de Gébelin cita um fragmento de Stobeu, que exprime muito claramente este pensamento: " A alma experimenta na morte as mesmas paixões que ela ressente na Iniciação; e as palavras respondem
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às palavras como as coisas respondem à coisas. Morrer e ser iniciado se exprimem por termos semelhantes".
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