Henri Durville - Porfírio, por sua vez, descreve a iniciação suprema

"Coroados de mirto, entramos com os outros iniciados, no vestíbulo do templo — cegos ainda; mas o 131 hierofante, que está no interior, vai em breve abrir os nossos olhos”. "Primeiramente, porém — porque não é preciso fazer coisa alguma com precipitação — primeiramente lavemo-nos com água sagrada. Conduzidos diante do hierofante, ele nos lê um livro de pedra a respeito do que não devemos divulgar sob pena de morte. "Dizemos somente que elas se harmonizam com o lugar e a circunstância”. "Rireis, talvez, se escutardes fora do templo; mas aqui não tereis desejo de fazê-lo, escutando as palavras do velho, porque é sempre velho, encarando os símbolos revelados”. "E estais longe de rir quando Deméter afirma, por sua lâmpada particular e seus sinais, por vivas cintilações de luz e nuvens empilhadas sobre nuvens, tudo que ouvimos e vimos de seu sacerdote sagrado; então, finalmente, a luz de uma serena maravilha preenche o Templo; vemos os puros Campos Elísios; ouvimos o coro dos bem-aventurados; então, não é somente por uma aparência exterior ou por uma interpretação filosófica, mas realidade e em fato, pois é em realidade que o hierofante vem a ser o criador e o revelador de todas as coisas; o Sol não é senão o archote, a Lua seu auxiliar perto do altar, e Hermes seu arauto místico”. "Mas, a última palavra foi pronunciada: Konx Om Pax. O rito está terminado e somos Videntes para sempre."

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