“Que o seu coração não se torne vaidoso por causa daquilo que sabes. Aconselha-te tanto junto do ignorante quanto do sábio. Porque não se atinges os limites da arte. E não existe artesão que tenha adquirido a perfeição. Uma palavra perfeita está mais oculta que a pedra verde. Encontra-se no entanto junto das criadas que trabalham na mo.”
Henri Durville - Um francô-maçom, Ragon, que mostrou o simbolismo das cerimônias maçônicas e sua relação com as cerimônias antigas, diz muito bem:
"O segredo da Franco-Maçonaria é, por sua natureza mesma, inviolável; porque o maçom que o conhece não o pode ter adivinhado. Descobriu freqüentemente nas Lojas instruídas, observando, comparando, julgando. Uma vez descoberto este segredo, guardará o golpe seguro por si mesmo, e não o comunicará mesmo ao seu irmão no qual deposite mais confiança; porque, desde que este não foi capaz de fazer esta descoberta, também é incapaz de tirar partido do segredo, se o recebesse oralmente”.
Restam, pois, as palavras de passe, os sinais de reconhecimento que não deveriam, entretanto, por sua própria natureza, ser um fim, porém um meio. Eles apresentam um simbolismo que poderia conduzir para certos conhecimentos, mas precisaria que os franco-maçons fossem esclarecidos sobre este ponto e não são discursos do gênero daqueles que reproduzimos que poderão servir-lhe de guia.
Além disso, muitos não têm cuidado e o ensinamento que é preciso vir, fica para eles letra morta.
Certamente, o grande segredo é fazer-se, tornar-se tal como a nossa evolução necessita, fazer da pedra bruta a pedra talhada útil ao edifício.
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Mas este trabalho, que cada um deve fazer por si mesmo, fará adquirir ao adepto forças psíquicas e dotá-lo-á também de faculdades insuspeitas.
É pelo menos curioso constatar que os franco-maçons modernos reúnam estes poderes e as faculdades sublimes de que os iniciados de outrora ensinavam toda a importância.
Aquele que obteve um aperfeiçoamento sente as misteriosas harmonias das esferas superiores; junta-se a estas harmonias; compreende que elas não podem ter sido formadas nem por acaso nem sem um fim. Aquele que sobe a estas alturas conceberá a existência de Deus e dos Ciclos que presidem a todas as evoluções, seja a dos astros, seja a nossa.
Adivinhará a sobrevivência da alma porque ela é necessária à harmonia e à justiça.
Tal é o segredo, e o segredo não pode ser comunicado por uma só palavra, por uma cerimônia vinda sem direção, pois que o simbolismo foi alterado e, além disso, não foi comentado.
É preciso que o iniciado se coloque por ele mesmo em estado físico e moral em que esta revelação poderá ser feita.
Este segredo resulta de uma iluminação última que se merece.
Certamente, os centros iniciáticos, os agrupamentos verdadeiramente formados, visando procurar a Luz, podem colocar o iniciado sobre a senda, mas, uma vez que chega a um certo estado de evolução, tem o dever de deixar-se colocar por si mesmo em comunicação com os planos superiores.
É quando ele recebeu esta iluminação que se pode sustentar nestas outras pesquisas, segundo o fim que ele assinala.
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Mas isso não é a Franco-Maçonaria materialista, na sua forma atual, que poderá vir a ser o guia e este apoio do verdadeiro pesquisador.
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