“Que o seu coração não se torne vaidoso por causa daquilo que sabes. Aconselha-te tanto junto do ignorante quanto do sábio. Porque não se atinges os limites da arte. E não existe artesão que tenha adquirido a perfeição. Uma palavra perfeita está mais oculta que a pedra verde. Encontra-se no entanto junto das criadas que trabalham na mo.”
Henri Durville - sobre temperamentos
Esta situação seria inquietante se não fosse possível reagir contra o nosso temperamento e se devêssemos submetê-lo durante todos os anos que nos é dado viver neste mundo. Felizmente, se devemos considerar cada temperamento como um estado mais ou menos durável de um desequilíbrio, não o devemos ver senão como um fundo hereditário que nos predispõe a tal ou tal categoria de fenômenos, sem nos constranger, todavia, com o rigor de uma lei. O temperamento nos deve aparecer como uma predisposição doentia que corresponde não somente aos nossos próprios desvios de regime e de conduta, porém, mais ainda, às faltas que foram cometidas pelos nossos ascendentes e que nos foram transmitidas com o seu sangue. De erros em erros, o homem está afastado da Natureza; abre a porta a todos os desequilíbrios pela má direção que impôs à sua vida. Primeiramente, no ancestral em quem a saúde começou a enfraquecer, a intoxicação aparece, benigna muitas vezes, a menos que não tenha tomado cuidado; porém a higiene defeituosa não cessou por isso; do contrário, o luxo e o bem-estar cresceram na família, aí criando novas necessidades; o que era intoxicação passageira passou a ser tara transmissível aos descendentes. E esta tara que herdamos que constitui o temperamento e que dá à nossa pessoa e aos nossos pensamentos todas as formas e tendências que descrevemos.
O Dr. Gastão Durvil e diz, a esse respeito, em sua Cura Naturista, e muito judiciosamente: " Cada um dos temperamentos me aparece nitidamente como sendo a conseqüência da vida antinatural entre os ascendentes; contém as suas taras sob a forma de predisposições doentias; contém um mundo especial de defesa, um modo de adaptação contra essas taras".
O temperamento é, pois, posto que inato, uma coisa anormal que deve ser disciplinada e combatida; devemos considerá-lo como uma predisposição doentia e nos esforçamos por diminuir os seus efeitos.
O Dr. Gastão Durvil e acrescenta na obra já citada:
" O temperamento, pelo fato de ser um modo de resistência à enfermidade e um terreno predisposto a certa variedade de misérias, é por si mesmo, uma verdadeira doença. Porque a doença deve ser considerada como um esforço que tenta a natureza para restabelecer o seu equilíbrio perturbado. O temperamento é o terreno orgânico sobre o qual evolucionam todas as nossas moléstias; é dele que depende a nossa resistência para os micróbios, é ele que Indica, antecipadamente, quais os órgãos que devem estar doentes antes de outros, é ele que edifica os traços gerais da nossa mentalidade e marca a duração aproximativa da nossa vida".
(Cura Naturista, pág. 95).
É, pois, necessário combater o temperamento e temos possibilidades para isso.
Podemos sempre vir a ser menos nervosos pela cultura da nossa personalidade psíquica.
No que concerne aos quatro temperamentos constituídos sobre base orgânica (linfática, sangüínea, biliosa e atrabiliária) podemos sempre melhorá-los, curar ao menos parcialmente o que há de defeituoso nas suas tendências, por meio de um regime apropriado. É um fato que não poderia ser posto em dúvida.
Em nosso Curso de Magnetismo Pessoal indicamos a linha de conduta que cada um deve seguir, tanto sob o ponto de vista psíquico, como sob o ponto de vista orgânico.
Indicamos essa obra aos nossos leitores que estão desejosos de mais amplos detalhes a respeito.
Na sua Cura Naturista, o Dr. Gastão Durvil e retomou a questão sob outro ponto de vista e chegou aos mesmos resultados; indica cuidados e um regime para combater cada temperamento, reformar as suas predisposições e, por esse meio, chegar ao equilíbrio, sem o qual não há saúde durável.
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