Edwin Arnold e Henri Durville

Certamente, a subida é abrupta para aquele que quer chegar rapidamente aos luminosos cumes, mas nenhuma boa vontade é repelida e a torrente das existências cava ainda abismos mais perigosos para os mais fracos viandantes que não têm ainda ousado abordar a escarpa que leva à felicidade perfeita.   Para viver esta vida perfeita, é preciso conhecer e praticar as Cinco regras, e eis aí o que Arnold nos diz:   "Não mateis, sede complacente e não desprezeis na sua marcha ascendente o ser mais ínfimo"; "Dai e recebei livremente, mas não tomai a ninguém o seu bem por avidez no meio da violência e da fraude"; "Não façais falso testemunho, hão calunieis, não mintais; a verdade é a expressão da pureza interior"; "Evita! as drogas e as bebidas que perturbam o espírito; esclarece! vossos espíritos e purificai vossos corpos; são o suco de Soma. Não toqueis na mulher de vosso vizinho e não cometais pecados ilegítimos e contra a natureza".   Tais são as regras primordiais de uma vida que tende à perfeição. São as regras sem as quais não se pode viver uma vida pura São elas que dirigem o homem ao caminho do Nirvana cumprindo-as, se desprende da matéria. Ainda que muito de longe seguem os sinais dos passos de Buda. A senda é ainda mais longa e mais penosa para aquele que nunca ouviu falar a seu respeito, e é porque o ensinamento da senda está contado no número das obras pelas quais se adquirem os méritos.

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