Henri Durville - O grau de mestre

O grau de mestre é aquele que sucede ao grau de companheiro. Antes de recebê-lo, é preciso que o companheiro testemunhe que veio a ser esta pedra cúbica que foi o fim de seus esforços, tanto que recebeu esta suprema iniciação. Então perdeu os seus defeitos; tem consciência de seus deveres; tornou-se assaz perfeito para fazer parte integrante do edifício em construção. O domínio que lhe vai ser conferido não será senão a recompensa e o sinal do domínio é que ele o adquiriu por si mesmo e sobre si mesmo antes de procurar dominar os outros. Tal deveria ser, efetivamente, o Mestre, aquele que se tornou tão útil e puro quanto possível, de maneira a não afetar a obra sublime, o Templo, que a Humanidade deve elevar ao Grande Arquiteto do Universo, nome pelo qual se designa Deus nesta iniciação. Antes de ser admitido ao grau de mestre, o postulante deve recapitular todos os ensinamentos recebidos até este momento. Por isso, para simbolizar este estudo retrospectivo, faz-se com que o postulante caminhe para trás.   301 O postulante deve partir da Estrela flamejante e tornar a encontrar os utensílios que lhe foram entregues no momento de sua segunda iniciação: o esquadro, a régua, a alavanca e o compasso, depois os utensílios das experiências do primeiro grau: o cinzel e o malho. Deve esvaziar de novo o Cálice de amargura e lembrar-se das experiências do Fogo, do Ar, da Água e da Terra. Quando percorreu este estado, começando pelo fim, volta ao gabinete de reflexão, que lhe demonstrará os seus princípios. Encontra novamente todos os esqueletos, as lágrimas. Então, não se comove mais diante destas imagens, porque deve ter penetrado o sentido; elas lhe falam dos pequenos Mistérios que já ultrapassou. Não existe aí mais nada que ele deseje; espera obter os Grandes Mistérios sagrados.

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