no que se refere à conduta, o homem do mundo perverte e rebaixa o nobre entusiasmo das naturezas idealistas, pela contínua redução de tudo o que é generoso e digno de confiança, ao trivial e grosseiro. Um grande poeta alemão definiu bem a distinção que há entre a discrição e a sabedoria mais larga, dizendo que nesta há certa temeridade que aquela desdenha. --O míope vê apenas a costa que se afasta, e não aquilo a que a ousada onda o transporta".Entretanto, na lógica do homem prudente e homem do mundo encontra-se freqüentemente um raciocínio a que é difícil opor uma objeção.Há de ter um sentimento, uma fé em coisas que representem o sacrifício de sipróprio e algo divino, seja em religião ou em arte, em glória ou em amor; e se não tem a fé firme, o sentido comum lhe apresentará uma razão que tira ao sacrifício todo o valor, e um silogismo reduzirá o divino a um objeto mercantil.Todos os verdadeiros críticos de obras de arte, desde Aristóteles e Plino, W inkelmann e Vasari, até Reinolds e Fuseli, se esforçaram por convencer o pintor que não deve copiar a Natureza, porém exaltá-la; que a arte de ordem mais elevada, escolhendo só as mais sublimes combinações, é perpétua luta da Humanidade para aproximar-se dos deuses.
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