“Que o seu coração não se torne vaidoso por causa daquilo que sabes. Aconselha-te tanto junto do ignorante quanto do sábio. Porque não se atinges os limites da arte. E não existe artesão que tenha adquirido a perfeição. Uma palavra perfeita está mais oculta que a pedra verde. Encontra-se no entanto junto das criadas que trabalham na mo.”
Celtas
Era, portanto, uma sociedade com ideologia tripartida. “A primeira e segunda classe, sacerdotal e militar, são constitutivas daquilo a que chamamos a soberania, por outras palavras, a autoridade espiritual e o poder temporal: uma vez mais, a primeira é hierarquicamente muito superior à segunda. O sacerdote tem sempre mais importância do que o guerreiro (e o político que daí resulta), porque o guerreiro é, sendo as coisas como são, o menos inteligente e menos dotado dos dois. (…) De resto, o guerreiro pode ser dispensado, enquanto o sacerdote em geral, quer seja um brâmane ou um druida, não tem o direito de ignorar ou transgredir o seu estado de perfeição supra-humana. Aliás, para além do druida, esse resto é múltiplo e multiforme. Sendo a terceira classe a dos artesãos e a dos criadores-agricultores, a terceira função é, de uma maneira geral, tudo o que são as duas outras, com uma profusão de aspectos que tornam o estudo detalhado e, ao mesmo tempo, longo e delicado. É nesse sentido que pudemos constatar e afirmar que a terceira classe produtora é complexa na sua constituição mais simples, o seu funcionamento, enquanto se passa o inverso na classe sacerdotal, simples na sua constituição e complexo no seu funcionamento. Sobre a classe guerreira, ela é dupla na sua constituição e funcionamento, mas complexa nas suas relações com a classe sacerdotal e sobretudo, com os deuses.”
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